Só mais um filme de ação

Vinicius Dantas
13 min readJan 6, 2022

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Jack Waver acordou com um eletrochoque. Sentia a coleira elétrica apertada em sua garganta, e um frio cortante penetrava seu corpo inteiramente nu. Ao abrir os olhos, uma vista absurda o encheu de medo…

Para resumir a história, ele estava de ponta cabeça, preso pelos calcanhares no topo de um foguete, com as mãos atadas atrás das costas. Só que isso se trata de um filme, e no cinema o que importa são as imagens que revelam a trama aos poucos, não essa história de falar tudo resumido. É um filme, não um e-mail. Então trate de aproveitar bem a jornada que esse texto tenta fazer falando de um filme que nunca existiu, mas que ao mesmo tempo existe aos montes, ou volte para sua rede social favorita.

Pois bem, o que ele viu foi o seguinte: olhando para baixo, uma infinidade azul assustadora, e algumas nuvens enormes flutuando sob seus pés, que estavam amarrados e presos numa espécie de haste metálica apontando para o ar. Olhando para cima, ali estava o chão: planícies inabitadas se estendiam por quilômetros adiante até o horizonte, uma cadeia de montanhas que serrilhavam o céu. O espião se viu pendurado num gigantesco tubo metálico que ia até o chão de cimento queimado, tão alto que a vertigem congelava a sua espinha com ajuda do vento frio e intenso. Algumas centenas de metros ao lado do tubo metálico havia um prédio de tamanho também considerável.

Vindo da direção do prédio, uma voz estridente emanava de um potente auto falante:

— Senhor Waver, dormiu bem? Espero que sim. Espero que seu último cochilo tenha sido tão sublime quanto a última paisagem que verá na vida. Finalmente, meu caro, colocarei um fim em nossa história. Não parece haver saída para você desta vez. O que você vai fazer, tirar um canivete do cú? Mesmo se conseguisse, como isso iria lhe ajudar? Esse foguete irá atravessar a superfície do planeta e atingir Washington com sua carga mortífera de 25 megatons, levando a vida de apenas alguns milhões de americanos — a voz dá uma gargalhada espalhafatosa — Antes disso, certamente, você estará morto. Não vou perder mais tempo com discursos, aprendi com meus erros. Kropov, acione os propulsores imediatamente!

Não havia o que Waver pudesse fazer para evitar o lançamento. Uma lágrima escorreu do canto de seu olho azul até sua testa conforme ele sentia a indignação tomar-lhe os nervos. Seu rosto estava vermelho, da raiva e do sangue que a gravidade enviava à sua cabeça.

— Maldição, Doutor Burgundy! Você um monstro! Um monstro! — mas ninguém conseguia ouvi-lo, ali tão alto, mesmo que ele gritasse a plenos pulmões.

Jack respira fundo e começa a se contorcer, tentando se agachar de ponta cabeça e tateando as nádegas com as mãos atadas. A sua missão não acabara, não enquanto ele estivesse vivo e Washington estivesse de pé.

Quando o foguete se descolou do chão, deixando para trás um rastro de fumaça incandescente, Jack abraçava o próprio peito com seus braços, finalmente livres, tentando em vão se aquecer enquanto segurava o canivete com força. Ele range os dentes tentando suportar a aceleração, com os olhos esbugalhados e o rosto quase roxo. “Acima”, o chão estava cada vez mais distante.

Waver respira fundo novamente e se curva para cima, tentando alcançar os pés. Tenta cuidadosamente cortar o nó que o prende ao foguete. A lâmina escorrega na primeira tentativa, e de novo na segunda. Ele sabia que, se não conseguir se segurar na corda depois de soltar os pés, seria um homem morto pelo fogo dos propulsores. Esfrega as costas das mãos na testa, mas aquele vento não permitia suor. A lâmina vence o nó, e Jack abocanha o canivete enquanto a agarra a corda com as duas mãos usando todas as suas forças. Essa vai entrar para o livro dos recordes: Jack Waver cavalgando um míssil atômico.

O que ele teria de fazer em seguida exigiria coragem. Segurando a corda com firmeza, ele planta os pés no tubo metálico, de cócoras, dá um impulso com as pernas e salta para longe do foguete, em queda livre.

Ele passa longe dos propulsores, mas ainda sente seu calor poderoso e é atirado para baixo conforme o foguete ascendia aceleradamente. O chão parece cada vez mais próximo. Antes que seu corpo perdesse aquela batalha contra a física, Waver recupera o ânimo ao perceber um rastro de fumaça vindo de longe, mas em altíssima velocidade, em sua direção.

— Mantenha a calma, Jack. É como pular de paraquedas, com uma pequena diferença.

Depois de alguns segundos de vento ensurdecedor gritando em suas orelhas e de uma completa ausência de controle sobre a própria vida, ele vê aquilo que tanto esperava. Um jato supersônico de última geração, uma versão atualizada do avião Blackbird, desacelera poucos metros à sua frente, acompanhando sua queda. Acontece que, poucos momentos após aceitar sua missão, algumas horas atrás, foi inserido no ombro de Jack um microchip rastreador que conseguia também monitorar a altitude do espião em caso de emergência. Se ele fosse jogado de um prédio, praticasse bungee jumping ou escorregasse de um tobogã muito alto, a brusca queda acionaria um dos drones mais próximos, que viria ao seu resgate.

O jato gira ao redor do próprio bico até estar exatamente acima de Jack, abre suas escotilhas inferiores e engole o agente secreto, agora em segurança. Quando o vemos novamente, ele está sentado na cabine do avião, agora em uma altitude estável, e com um sorriso no rosto.

— Piu-piu? — pergunta a inteligência artificial do Blackbird.

— Temos que ganhar altitude e alcançar aquele foguete, ou a América estará em grande risco — ele responde — Mas antes… álcool em gel e lenços umedecidos, por favor, minhas mãos estão sujas.

Ele joga o canivete no lixo, limpa as mãos e agarra o manche, que controla a altitude do jato.

— Desabilite o piloto automático, birdie. Esse é trabalho para um homem de verdade — e puxa a alavanca para cima, fazendo uma manobra de subida até que recupera a visão do foguete, que agora é só uma forma minúscula e cintilante no céu.

— Precisamos ir mais rápido — ele coloca os propulsores à jato no máximo de sua potência e trinca os dentes com a força da aceleração. Havia sentido o mesmo alguns minutos atrás, mas agora estava sob o controle.

— E eu preciso de uma cueca, estive pelado esse tempo todo.

O que você lerá a seguir é uma cena deletada do filme que se encaixava nesse ponto da história. Infelizmente, ela foi cortada da versão final para favorecer o ritmo da cena de ação.

Quilômetros abaixo de Jack, na cobertura do prédio daquela plataforma de lançamento, uma festa ocorria. Havia sido feita meio de improviso, então o lugar estava decorado com balões e mesas dobráveis cobertas com toalhas de piquenique que penavam para sobreviver à forte ventania que fazia àquela altura. Plantas decorativas contavam com luzes pisca-pisca reaproveitadas de alguma festa natalina.

O espaço estava cheio de inimigos de Jack Waver: traficantes de pessoas, reis do crime, cientistas loucos, banqueiros malvados, capangas musculosos com próteses feitas para deixá-los ainda mais perigosos e assustadores, todos seguindo o dress code de vestir somente branco. No bufê, poucas opções vegetarianas. Haviam acabado de fazer o amigo secreto, e agora estavam de olhos voltados para o Doutor Burgundy, careca como um ovo e com um chamativo e oleoso bigode que chegava a dar várias voltas em cada ponta (detalhe: o bigode, em razão de sua viscosidade e formato particular, foi feito com computação gráfica pelos estúdios que ganhariam o Oscar de melhores efeitos visuais por esse mesmo filme).

O Doutor segurava uma espátula, com a qual estava prestes a cortar a primeira fatia de um enorme bolo estampado com a face de Waver, decorada com cruzes no lugar dos olhos e caveirinhas ao lado das orelhas, além dos dizeres “finalmente, ele morreu!” abaixo do rosto, com letra cursiva carinhosamente escrita usando chantilly vermelho.

Ele finalmente retira o primeiro pedaço, e agora se dá com a decisão de quem deve recebê-lo. Consegue sentir os olhares ansiosos grudados nele.

— Esse pedaço vai para… vai para… bem, acho que não tem ninguém mais adequado do que meu fiel capataz, Kropov. Vocês sabem que… esse é um trabalho muito difícil. Não tem muito como fugir, volta e meia me encontro pensando “será que terrorismo internacional é o que eu deveria fazer da vida?”. Não é como se tivesse volta agora, né?

Todos dão uma risada alta, ao que Burgundy acompanha e continua, agora um pouco menos nervoso:

— Mas não tem outra, é isso mesmo. São dias como esse que me fazem sentir que isso tudo valeu a pena. São pessoas como vocês — e aponta com a espátula para os convidados — que me fazem ter certeza de que é isso que eu quero. Foram muitas noites sem dormir, muito estresse, muita comida ruim, muito tempo escondido quando o bicho pega… foi tanta coisa que meu cabelo todo caiu. Mas o brilho nos seus olhos faz tudo valer a pena. E o Kropov sempre esteve aqui por mim, desde o começo, quando nos encontramos na faculdade de engenharia de materiais e construímos juntos esse sonho.

— Ah, então é isso que os engenheiros de materiais fazem! — exclamou um capanga, com um alicate enorme no lugar do antebraço.

O Doutor acenou sinalizou que havia terminado o discurso, e todos aplaudiram com vontade. Kropov, um homem de 2,10 metros de altura, coberto de pelos castanhos no rosto, se aproximou do chefe e lhe deu um abraço de urso, visivelmente emocionado. Estava corado, percebia-se na sua testa sem tantos pelos. A plateia reagiu a isso com um suspiro:

— Aaaaaah.

Jack Waver finalmente alcançou o foguete. Ele já estava voando inclinado em direção ao alvo, distante da plataforma de lançamento. Qualquer iniciativa equivocada poderia explodir a bomba e causar uma catástrofe nunca antes vista na história da humanidade. Mas Waver esbanjava confiança e, claro, era um profissional.

— Piu-piu! — responde o Blackbird quando ele ativa o piloto automático da nave, posicionada acima do foguete e programada para acompanhar sua rota de perto. Jack então se prende ao avião por uma corda, agora de cueca e com um cinto de ferramentas na cintura. Abre a escotilha inferior e salta em direção ao míssil…

Mas ele não cai como uma luva: se esborracha contra o tubo metálico e por alguns segundos voa desnorteado, com a vida assegurada somente pela corda que o pendura ao seu jato. Ao recobrar a consciência, aí sim, consegue se agarrar no foguete, encontrar o painel de controle e desfazer a solda que o selava utilizando um laser.

O painel de controle exigia um conhecimento técnico avançado. Que Jack tinha, é claro. Cortando alguns fios, mexendo em alguns fusíveis e hackeando o computador de bordo, ele consegue reverter a ativação da bomba e retirar a grande ogiva nuclear, que prende à mesma corda que o conecta ao seu jato. A cereja do bolo, agora, é parar o míssil. Com algumas linhas de código ele reinscreve a localização do alvo.

A tela do computador de bordo mostra uma última pergunta: “Prosseguir com alteração na trajetória?”, ao que ele pressiona “Enter”. E então sente o foguete ranger e dar meia volta.

Jack Waver escala a corda até o avião, como um lêmure musculoso, e senta-se confortavelmente no banco da cabine. Ele desliga o piloto automático e se afasta do míssil, estabelecendo uma rota de volta para casa, agora rebocando uma ogiva nuclear desativada.

— Eu amo o meu trabalho — diz ele, com um enorme sorriso no rosto. Nem lembrava que ainda estava com a coleira elétrica.

— Eu não sei se gosto mesmo desse trabalho, amigo. Às vezes penso que deveria ter continuado no curso e seguido a vida fazendo… seja lá o que fazem os engenheiros de materiais.

De volta à festa na cobertura, Doutor Burgundy e Kropov conversam a sós, numa mesa afastada dos outros. Eles olhavam a paisagem, vazia e pacífica, ignorando a movimentação enervante de pessoas às suas costas. A toalha de piquenique havia voado e estava no chão, encostada pelo vento no parapeito da cobertura. Em cima da mesa estava a discreta fatia de bolo que Burgundy havia retirado para si, mas que não havia provado um pedaço sequer, além de duas taças vazias e dos presentes que cada um ganhou no amigo secreto: o Doutor ganhou um espremedor de laranjas elétrico, enquanto seu capataz ganhou uma furadeira.

Kropov estava na metade de uma enorme fatia daquele delicioso bolo red velvet. Ele mastigou com afeto o pedaço que estava na sua boca por alguns segundos antes de engolir de qualquer jeito para conversar com seu colega:

— Mas Doutor, você sempre pareceu tão apaixonado! Dentre todos nós, foi você quem conseguiu! Jack Waver já está morto, sem sombra de dúvidas, e em breve os Estados Unidos vão estar kaput! Você deve estar em mais uma daquelas suas crises de ansiedade, meu caro. Como mais explicar isso?

— É claro que isso tem influência dos meus pais. Eles eram super vilões de verdade, não eu. Eu sou só mais um herdeiro indeciso. Por que estou atacando os Estados Unidos? Por que é o que meus pais queriam, talvez. E eles morreram tentando. Mas o que eu quero? Não sei. Aqui estou, sentado, esperando me tornar o responsável pela morte de milhões de pessoas inocentes.

Kropov respira fundo.

— Bem, é, quando você fala assim… Poderíamos ganhar dinheiro como bilionários normais, eles também são do mal e não precisam fazer esse tipo de coisa.

— A tragédia maior seria se eu tivesse a mesma morte de meus pais, nas mãos de um agente secreto. Acho que em algum momento errei feio nas escolhas de carreira e vim parar aqui. Talvez seja o destino, como no mito de Édipo, uma profecia incontornável. Ou simplesmente não olhei muito para o meu desejo. Toda aquela conversa de “ah vocês me fazem ter certeza de que estou no lugar certo” é bobagem. Andamos com pessoas muito esquisitas, Kropov.

Eles trocam olhares, examinam um ao outro por alguns segundos.

— É, nós não somos exatamente normais. Somos, Kropov?

— Acho que não, Doutor. Mas tentamos ser felizes, é o que importa. Não tem um jeito certo de viver a vida.

— Talvez existam alguns jeitos errados — Burgundy dá um suspiro cansado — Acho que deveria ter matado Jack Waver com as próprias mãos. Aquela ideia de pendurar ele num foguete parece muito desnecessária. Muito arriscada.

— Doutor, não é hora de remoer o passado. Agora é hora de pensar no nosso futuro! Teremos tempo de sobra, você finalmente vai poder fazer o que quiser. A gente pode criar um novo aplicativo de delivery, uma rede de varejo, carros elétricos… as possibilidades são infinitas. Você é talentoso, eloquente, conseguiu criar essa imagem de “Doutor” sem ter doutorado, sem ser médico ou viajante no tempo, e todo mundo acredita. E nós somos um bom time.

Burgundy olhou para Kropov com carinho e apertou sua mão. Finalmente decidiu dar uma garfada em seu pedaço de bolo.

— Obrigado, Kropov. Você é mesmo um bom amigo. Não chegaria onde cheguei sem você — e o capanga fica corado novamente — talvez nós sejamos como esses vilões humanizados, que todo mundo simpatiza. Será? Depois de hoje, acho que não…

— Sabe quem é meio vilão também?

— Quem?

— Jack Waver. O cara tem duas ex esposas e cinco filhos. E não paga pensão.

— Meu Deus! Que pessoa horrível…

— Pois é, Doutor. Eu jamais faria isso com meus filhos. Inclusive, semana passada aproveitei e mandei eles para a Disney. Falei para eles: “vão e aproveitem, nunca se sabe quando a Disney vai ficar kaput”.

— Você é um bom pai, sempre pensa nas crianças. Eu não sirvo para esse tipo de coisa, tive exemplos ruins.

Kropov se abaixa por um momento e revela uma garrafa de vinho que havia escondido debaixo da mesa.

— Acho que agora você está no clima para isso aqui — diz ele enquanto o Doutor ri, descontraído.

O capanga retira do bolso interno de sua jaqueta um canivete azul. Rapidamente encontra o saca rolhas e, sendo o homem forte que é, não tem dificuldade para abrir a garrafa. Ele despeja um pouco de vinho em cada uma das taças na mesa.

Apenas ao entregar a taça ao seu velho amigo que ele percebe o olhar frio em seu rosto, agora completamente ausente de cor ou prazer.

Uma triste decisão criativa fez com que toda a cena até aqui descrita tenha sido deletada, pois pouco acrescentaria à história heroica de Jack Waver. Mas o que acontece logo em seguida teve de ir para o corte final. Então, recapitulando, Waver fala que ama o seu trabalho, etc., e a cena corta imediatamente para Burgundy, com um olhar inexpressivo, falando isso:

— E se Jack Waver tivesse um canivete no ânus?

— Ah, ele não tinha.

— Você olhou?

— Não, Doutor…

— Por que diabos você não olhou? Ele estava nú! O único lugar em que poderia ter escondido alguma coisa seria no reto!

— É nojento, Doutor. Não quis olhar. Sei lá, minha masculinidade não está desconstruída o suficiente para eu me sentir bem fazendo esse tipo de coisa. Você sabe que a comunidade de super vilões ainda é cheia de tabus.

Burgundy olha para os lados, olha para baixo. Sacode as mãos, não sabe o que fazer. Se levanta, furioso, e decide virar a mesa, derrubando a garrafa de vinho, a fatia de bolo e os presentes.

— MALDIÇÃO, KROPOV!

E então os dois decidem olhar para trás, e aí foi tudo muito rápido.

Há um caos. A pequena sala onde está o elevador e as escadas está atolada de gente. Todos os principais inimigos da democracia e da liberdade estavam em pânico e queriam escapar do prédio ao mesmo tempo. A coisa certamente não ficou pacífica por muito tempo: era possível ver capangas brigando com chefes, ciborgues usando suas próteses para agarrar, empalar e afastar pessoas, homens quebrando garrafas de vinho na cabeça de outros homens, uma mulher estrangulando um banqueiro com as meias-calças que ganhou dele no amigo secreto.

No céu, sem boas notícias. O foguete estava logo ali, em sua direção, numa velocidade altíssima.

Burgundy agarra Kropov pela gola da camisa, tentando levantá-lo em vão, pois se tratava de um homem muito mais baixo e mais fraco do que seu capanga. E foi assim que eles partiram quando o míssil atravessou o prédio. Deu para ver direitinho o bigode do Doutor começando a chamuscar.

Todo aquele combustível de foguete que restava no míssil fez um belo espetáculo. O edifício ruiu, mas não antes de algumas explosões e de uma bola de fogo enorme. O barulho era ensurdecedor, acompanhado por uma poderosa trilha sonora que marcava o fim do terceiro ato.

E foi assim que esse filme ganhou o Oscar de melhor efeitos visuais.

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Vinicius Dantas

Isso aqui começou como um lugar para escrever comédia, mas sabe-se lá o que vai virar. Piadas, crônicas, histórias sobre pessoas que existem na minha cabeça.